31 de janeiro de 2016

"TRÊS VIDAS AO ESPELHO"

Comecei hoje a ler. Continuo a ler. Acho que vale a pena.
«Nesse tempo a minha aldeia era núbil. E encarrapata como a loiça da cozinha. Todos os lares eram ajardinados de asados que dignificavam a luz bojuda do petróleo. Nesses asados às vezes escondiam-se crianças. As mais fraquinhas morriam. Eram anjinhos que nunca mais voltavam. Os caixõezinhos brancos eram um luxo que durava dez anos. Entretanto as pessoas passavam fome. Uma fome que consolidava tudo: dentes, unhas, tempo, moedas.» (p. 40)

29 de janeiro de 2016

O Clube de Leitura do Museu Ferreira de Castro (2008-2015)


Por géneros
(84 livros, Maio de 2008 - Dezembro 2015)

Nota: fiz mais duas estatísticas, por épocas e por nacionalidades, mas perdi os papéis...

8 de janeiro de 2016

assim começa O SENHOR DOS NAVEGANTES

«Branca, airosa, pequenita, erguida sobre o tope de uma colina, a Capela do Senhor dos Navegantes divisava-se de longe, como um farol.»

Ferreira de Castro, O Senhor dos Navegantes (1954), Lisboa, Expo'98, 1998, p. 7.

6 de janeiro de 2016

o início de A MISSÃO

«O edifício, velho e longo, muito longo e dum só piso, parecia querer mostrar que a sua Missão, justamente por ser celeste, devia agarrar-se à Terra, estender-se bem na Terra, para extrair a alma dos homens que nela viviam.»

Ferreira de Castro, A Missão (1954), Mem Martins, Publicações Europa-América, 1971, p. 9.