Comecei hoje a ler. Continuo a ler. Acho que vale a pena.
«Nesse tempo a minha aldeia era núbil. E encarrapata como a loiça da cozinha. Todos os lares eram ajardinados de asados que dignificavam a luz bojuda do petróleo. Nesses asados às vezes escondiam-se crianças. As mais fraquinhas morriam. Eram anjinhos que nunca mais voltavam. Os caixõezinhos brancos eram um luxo que durava dez anos. Entretanto as pessoas passavam fome. Uma fome que consolidava tudo: dentes, unhas, tempo, moedas.» (p. 40)