ROMANCE DE VILA DO CONDE
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar…
– Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.
Vento norte, ai vento norte,
Ventinho da beira-mar,
Vento de Vila do Conde,
Que é minha terra natal!,
Nenhum remédio me vale
Se me não vens cá buscar,
Vento norte, ai vento norte,
Que em sonhos sinto assoprar…
Bom cheirinho dos pinheiros,
A que não sei outro igual,
Do pinheiral de Mindelo,
Que é um belo pinheiral
Que em Azurara começa
E ao Porto vai acabar…,
Se me não vens cá buscar,
Nenhum remédio me vale!
Nenhum remédio me vale,
Se te não posso cheirar…
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
– Lembra-me Vila do Conde,
Mais nada posso lembrar.
(...)
--- Fado, 1941
Um convite à leitura integral...
ResponderEliminarEste faz parte do meu arquivo.
ResponderEliminarBelo poema com o qual fico a meditar nos pinhais da minha infância...
ResponderEliminar