Muito bem observado. Fez-me lembrar quão ilusório pode ser o colorido de algumas páginas de Oliveira Martins para a descoberta da verdade...no entanto, é muito difícil para qualquer ciência libertar-se da visão poética que é necessária e indispensável para a sua realização sonhada...compreendo a necessidade kantiana de nudez mas a poesia está lá. Concorda?
Acho muito interessante você ter apontado à prosa colorido do OM. Quanto à pergunta que me faz, não lhe posso responder de chofre, a não ser dizer-lhe que sim, a ciência precisa sempre de aspirações, chamemos-lhe sonho ou outra coisa...
Meus caros: A edição das "Obras Completas de Mário de Sá-Carneiro", Colecção Poesia das Edições Ática,1973 (que ultimamente tenho relido: obras "Dispersão" e "Indícios de Oiro") traz um prefácio do nosso `'pater criticus' João Gaspar Simões. Não é preciso ir mais longe, basta ler isto: «(...) é impossível reduzir a categorias lógicas a essência da poesia. Pasmo até que seja possível aplicar raciocínio e lógica ao que por natureza é estranho ao raciocínio e à lógica». O discurso poético é, portanto, um discurso transgressor, sem o rigor semântico e sintáctico dos discursos científico, jurídico, etc. Acho que é isso mesmo que pretende dizer Manuel Antunes, e nem é algo de muito original. Tal entendimento é comum, sobretudo entre os poetas modernos.
Muito bem observado. Fez-me lembrar quão ilusório pode ser o colorido de algumas páginas de Oliveira Martins para a descoberta da verdade...no entanto, é muito difícil para qualquer ciência libertar-se da visão poética que é necessária e indispensável para a sua realização sonhada...compreendo a necessidade kantiana de nudez mas a poesia está lá. Concorda?
ResponderEliminarAcho muito interessante você ter apontado à prosa colorido do OM.
EliminarQuanto à pergunta que me faz, não lhe posso responder de chofre, a não ser dizer-lhe que sim, a ciência precisa sempre de aspirações, chamemos-lhe sonho ou outra coisa...
Meus caros:
ResponderEliminarA edição das "Obras Completas de Mário de Sá-Carneiro", Colecção Poesia das Edições Ática,1973 (que ultimamente tenho relido: obras "Dispersão" e "Indícios de Oiro") traz um prefácio do nosso `'pater criticus' João Gaspar Simões. Não é preciso ir mais longe, basta ler isto: «(...) é impossível reduzir a categorias lógicas a essência da poesia. Pasmo até que seja possível aplicar raciocínio e lógica ao que por natureza é estranho ao raciocínio e à lógica». O discurso poético é, portanto, um discurso transgressor, sem o rigor semântico e sintáctico dos discursos científico, jurídico, etc. Acho que é isso mesmo que pretende dizer Manuel Antunes, e nem é algo de muito original. Tal entendimento é comum, sobretudo entre os poetas modernos.
É a liberdade livre. Há o talento e a oficina, enfim. E depois há o leitor, que é cada um.
EliminarO mal (ou o bem?) é de quem é analítico, pragmático, claro...
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