A estrada é serrana, erma, ventosa;
vi venir senhora obesa, torpe, andrajosa.
Vi-a venir detrás de barraca indecorosa;
cheguei-me per'ela com grã cortesia.
Cheguei-me per'ela de grã cortesia,
disse-lhe: senhora, tendes gasolina?
Disse-me: forasteiro, segui vossa via,
aqui só temos gasóleo agrícola.
Rui Lage, Estrada Nacional (2015)
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