9 de setembro de 2025

as aberturas de CONTOS BÁRBAROS

3. «Os figos de pau». «O tio António Chapeleiro -- assim chamado, porque a sogra, falecida havia muitos anos, fabricava de sua mão chapéus de palha centeia e os vendia nas feiras --, era um velhote rijo e conservado como trave de castanho cortado em boa lua.»

2. «Milagre». «Nesse Inverno, de tanto chover, as estradas ficaram esbeiçadas.»

1. «A Velha das Panelas». «Debaixo do grande carrego dos púcaros, tão grande, que tapava o sol, a velha sacudia os pés nus sem tropeção, pós-catrapós, à flor das pedras, em caminhos que se estiravam desde a Candelária, subindo e descendo montes, preguiçosamente, até o campo da feira.»

João de Araújo Correia, Contos Bárbaros [1939], 8.ª ed., Lisboa, Âncora Editora, 2023.

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