(Finjo que não vejo as mulheres
que passam, mas vejo.)
De súbito, o diabinho que me dançava nos olhos,
mal viu a menina atravessar a rua,
saltou num ímpeto de besouro
e despiu-a toda...
E a Que-Sempre-Tanto-Se-Reacata
ficou nua,
sonambulamente nua,
com um seio de ouro
e outro de prata.
In Eros de Passagem -- Poesia Erótica Contemporânea, selecção e prefácio de Eugénio de Andrade, Porto, Limiar, 1982, p. 31.
(lido na sessão de 7 de Dezembro de 2011)
(lido na sessão de 7 de Dezembro de 2011)
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