«Pois ela, aquela mulher sem estudos ao menos guardara um livro para se recordar melhor dele, mas eu, eu tinha-me esquecido durante anos de Mendel dos livros, precisamente eu que tinha a obrigação de saber que os livros só se criam com o fim de unir as pessoas para além da sua própria existência e, assim, de se defender do inexorável oponente de tudo o que vive: fugacidade e o esquecimento.»
Stefan Zweig, Mendel dos Livros, tradução de Álvaro Gonçalves, Porto, Assírio & Alvim, 2014, p. 87.
Quem sincera mente é perdoado
ResponderEliminarSendo sincero já não há mentira
E arrefecido do calor da ira
Há de sentir o dito sem o pecado
Lerá o livro que foi premiado
E agradecido ao Fe do Re e IRA
Há de pensar que o autor tinha em mira
A ficção como parte de um dado
Que dada a semelhança da verdade
A mentira fugaz que a mente invade
É uma verdade transmutada em sonho
Da vã mudança à vil realidade
Onde a mentira nos deixa saudade
Dessa transmutação que eu suponho.
Grande abraço. Laerte.