26 de julho de 2018

capas


a edição da Livros do Brasil, ilustrada por Bernardo marques,
de Platero e Eu, de Juan Ramón Jimenez

24 de julho de 2018

"o rigor e o prazer da palavra"

«Escrevo esta História ao rés da fala. Sem dalmática, questiono. Não sigo o cânone. Persigo o rigor e o prazer da palavra.» António Borges Coelho, Donde Viemos -- História de Portugal I [2010], 2.ª ed., Lisboa, Editorial Caminho, 2015, p. 11.

20 de julho de 2018

a vigília da razão

«Vendo-a adormecida, neutra, Cecília pareceu-lhe menos odiosa. Dir-se-ia que a sua vida era protegida pela sua própria incapacidade de defender-se.» Ferreira de Castro, A Tempestade [1940], 16.ªed., Lisboa, Cavalo de Ferro, 2017, p. 11. 

13 de julho de 2018

11 de julho de 2018

meu lindo Agosto

«Este é o país que nasce e morre em Agosto, ao ritmo das visitas dos emigrantes.» Ricardo J. Rodrigues, Malditos -- Histórias de Homens e de Lobos, Lisboa, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2014, p. 37.

3 de julho de 2018

de PRAÇA DA CANÇÃO (Manuel Alegre)

APRESENTAÇÃO


Cantar não é talvez suficiente.
Não porque não acendam de repente as noites
tuas palavras irmãs do fogo
mas só porque as palavras são
apenas chama e vento.
E contudo canção
só cantando por vezes se resiste
só cantando se pode incomodar
quem à vileza do silêncio nos obriga.

Eu venho incomodar.
Trago palavras como bofetadas
e é inútil mandarem-me calar
porque a minha canção não fica no papel.
Eu venho tocar os sinos.
Planto espadas
e transformo destinos.
Os homens ouvem-me cantar
e a pele
dos homens fica arrepiada.
E depois é madrugada
dentro dos homens onde ponho
uma espingarda e um sonho.

E é inútil mandarem-me calar.
De certo modo sou um guerrilheiro
que traz a tiracolo
uma espingarda carregada de poemas
ou se preferem sou um marinheiro
que traz o mar ao colo
e meteu um navio pela terra dentro
e pendurou depois no vento
uma canção.

Já disse: planto espadas
e transformo destinos.
E para isso basta-me tocar os sinos
que cada homem tem no coração.