«Quando clareou o dia, a lestada já havia amainado. Eusébio saiu a averiguar os estragos do temporal. A verdura que na véspera cobria as achadas, os cutelos, as ribeiras, transformou-se da noite para o amanhecer num emaranhado de hastes e folhas ardidas. O milharal que tanto prometia, as faquetas arremangadas prometendo fartura, encontrava-se agora alastrado no chão, de mistura com as cordas de aboboreira e caules de feijoeiro. As árvores pareciam aves depenadas, os galhos contorcendo-se de desespero. O vento leste queimara tudo.» Teixeira de Sousa, Ilhéu de Contenda [1978], Mem Martins, Publicações Europa-América, s.d., p. 215.
Viva a arte literária!
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