Visitar (ou re-revisitar) Burgos sem esquadrinhar a sua catedral, por fora e por dentro, sempre na expetativa de descobrir mais um pormenor que escapara, é como ir à Capela Sistina... e esquecer-se de levantar os olhos para o teto.
E os que têm gosto por História não se livram da compulsão de tentar dar sentido a tudo e encher de informação os principais relevos, recantos e dimensões.
É este modo de sentir que me reconduziu a mão para o livro do escritor e professor de História Medieval, José Luís Corral, O NÚMERO DE DEUS, que nos envolve nos tempos em que a catedral começa a elevar-se aos céus, até atingir toda a sua beleza grandiosa, numa competição sadia com as de Chartres, Leon, Paris... e menos sadia entre alguns homens.
Interessante pela história, atraente pelo romance, ganhei por ter relido com gosto, além do que recordei e aprendi.
Fica a partilha e o desafio.
A circunstância de se tratar de um historiador garante, pelo menos, a ausência de anacronismos involuntários. Um ponto a favor.
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