Era uma pequena casa de camponeses. Uma casa nua, onde só estavam escritos os gestos da vida. Havia uma cozinha e dois quartos. Num rebordo da parede de cal estava colocada uma imagem; em frente da imagem ardia uma lamparina de azeite; ao lado, alguém poisara um ramo de flores bentas na Páscoa.
Sophia de Mello Breyner Andresen, «A viagem», Contos Exemplares, Lisboa, Portugália Editora, s.d., pp. 90-91.
as casas nuas são bonitas e respiráveis. nunca nos fazem sentir a mais, em jeito de compaixão com os tarecos...
ResponderEliminarAna Sara Daniel
Das casas nuas, somos nós os seus tarecos.
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