27 de outubro de 2012

de certeza que algo se vai passar...

Pendia a cada passo. Na cara enrugada, a boca distendia-se num riso canalha e os olhos, que nunca fitavam ninguém, pareciam guardar uma névoa que alastrava como se constantemente chorassem lágrimas que nunca caíam [...]

Manuel da Fonseca, «Névoa», Aldeia Nova, 7.ª edição, Lisboa, Editorial Caminho, 1984, p. 81.

(imagem)

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