Eles habitam entre um mastro e o vento.
Têm as mãos brancas de sal
E os ombros vermelhos de sol.
Os espantados peixes se aproximam
Com olhos de gelatina.
O mar manda florir seus roseirais de espuma.
No oceano infinito
Estão detidos num barco
E o barco tem um destino
Que os astros altos indicam.
in Ana Hatherly, Caminhos da Moderna Poesia Portuguesa, Lisboa, Direcção-Geral do Ensino Primário, 1960, p. 33.
(lido na sessão de de 12 de Outubro de 2012)
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