É estar fraco e com força
É ter tudo e querer sempre mais
É sentir fogo e não arder
É chaga aberta sem doer
É ganhar sem conta
É sem conta perder
É dar ao frio o maior calor
É fingir sempre que não é amor
É estar longe e estar perto
É ver água no mais seco deserto
É julgar o incerto sempre certo
É estar cego sem querer ver
É ser tudo e nada ser
É, enfim, estar morto e não querer viver.
Da Ilha que Somos, coordenação e prefácio de A. J. Vieira de Freitas, Funchal, Câmara Municipal, 1977.
(lido numa sesão de 2011)
Amigos,
ResponderEliminarAproveito este poema da Ilha para informar:
= Um grupo de leitores da Comunidade de S. Domingos de Rana (12 elementos efectivos e 3 acompanhantes) vai à Madeira, entre 12 e 14 de Novembro, para participar numa sessão, na Bib.Pública Regional, sobre o poeta Cabral do Nascimento.
Será aproveitado o tempo para cumprir, no que for possível, o guião literário de "Eternidade". Ainda pensámos em convidar o autor do mais recente ensaio sobre aquele romance (RAA, "Islenha", nº 48, Janeiro-Junho de 2011), só que...
Obrigado, grande Manel, mas só se for de barco!
ResponderEliminarBebam um copo à minha, lá na esquina do mundo...
RAA
(e tragam fotos)