A gente só tem uma vida, e portanto só tem uma história. Quando se precisa de contá-la é porque ela tem um erro em qualquer parte. Se estivesse certa, a gente só a vivia, e nem dela falava. Quando a gente a conta, é porque está errada. Quanto mais errada, mais falamos dela. O que é absurdo, claro, porque não se pode emendá-la.
Teolinda Gersão, «Uma orelha«, Histórias de Ver e Andar, 3.ª ed., Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2002, pp. 88-89.
Muito interessante!Um ponto de vista com fundamento. Talvez no sentido de que, normalmente,gostamos mais de falar das nossas tristezas do que das nossas alegrias.
ResponderEliminar:)
Olinda
Como é bom aprender e permanentemente reaprender!
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