AS PEQUENINAS COISAS
São elas, as pequeninas coisas.
Nos portos que toquei, por música,
no estribilho agridoce em que sempre
me põem as danças, elas lá estão,
as graciosas,
mas trazendo pela mão
rosas blindadas por um azeite feroz.
Abrem-se sussurram
com lâminas fininhas
entalam-nos entre o peso dos dias.
Mas elas, as pequeninas coisas,
bem pouco se parecem com a política
ou com essa gramática que se usa agora
enquanto se espera pelo almoço.
Eu falo delas
das que roçam o que têm
por um antigo e infelicíssimo modo de
chorar.
ARMANDO DA SILVA CARVALHO, O Comércio dos Nervos (1968)
Sim, isto é outra música. Um dos meus poetas, e também cá canta.
ResponderEliminarPS - Já só faltam 30, a manter-se o desiderato.
EliminarAbraço
Sim, tenho a lista feita para os 47. Há alguns poetas de cronologia mais recuada que serão recuperados.
EliminarQuando você terminar, aperto com a minha periodicidade.
EliminarPerante a raridade dos poemas e poetas aqui representados pelos nossos confrades - que fizeram agitar o meu baú do que ficou um dia por ler e fruir- deveriam figurar estes trabalhos numa colecção em suporte de papel, porque não com a chancela do Club de Leitura.
ResponderEliminarVamos pensar nisso? Abraço muito comovido.
Óptima ideia, mas só exequível com autores em domínio público, por causa dos royalties... Ainda bem que está a gostar. Novoa braço
EliminarEstava a pensarnuma edição do tipo do livrinho "abecerragem" que publicou nos Livros do Estoril em 2011. Pelo menos isso...
ResponderEliminarMeu caro, não me tente...
EliminarAbraço
Acho que deveriam pensar os dois em publicar uma antologia a duas mãos...olhe já lhe dei o nome " Antologia de Poesia Portuguesa a Duas Mãos". Pela raridade dos textos que vêm publicando e repescando nas poéticas referidas. Vâ lá...não me ponha a falar francês...
ResponderEliminarMeu caro, você é um quimérico...
EliminarAbraço
É. Os Manolos.
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