Para não ter de assumir o desconforto (ou a desvergonha) de recomendar o que proponho, a leitura deste livro excelente de Khaled Hosseini, deixo a missão a leitora cuidadosa, persistente e informada.
Temos de ter cuidado com apetrechos semióticos desprovidos de qualquer sentido verdadeiro. Essa discursividade livresca ancorada numa hipotética realidade de alguém que nunca fez comentários sobre a sua vida é, em última análise, uma bússola partida, principalmente, se acompanhada de agulhetas morais. As escutas são câmaras de espelhos de feira porque o escutado, consciente da infiltração, diz o que lhe apetece que “oiçam”. Quanto à “solidão”, a mesma poderá ser uma escolha benéfica pelo fartote de ouvir tanta estupidez. Estar só pode não ser solidão, mas descanso, paisagem imperdível de silêncio e conforto longe de matracas de vazio conteúdo, sem metafísica, como o Esteves da Tabacaria.
Ninguém nos moldará de novo em terra e barro, Ninguém animará pela palavra o nosso pó. Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém. Por amor de ti queremos Florir. Em direção A ti.
Um Nada Fomos, somos, continuaremos A ser, florescendo: A rosa do Nada, a de Ninguém.
Paul Celan, mas sem judaísmo nem campos de concentração
Temos de ter cuidado com apetrechos semióticos desprovidos de qualquer sentido verdadeiro. Essa discursividade livresca ancorada numa hipotética realidade de alguém que nunca fez comentários sobre a sua vida é, em última análise, uma bússola partida, principalmente, se acompanhada de agulhetas morais. As escutas são câmaras de espelhos de feira porque o escutado, consciente da infiltração, diz o que lhe apetece que “oiçam”.
ResponderEliminarQuanto à “solidão”, a mesma poderá ser uma escolha benéfica pelo fartote de ouvir tanta estupidez. Estar só pode não ser solidão, mas descanso, paisagem imperdível de silêncio e conforto longe de matracas de vazio conteúdo, sem metafísica, como o Esteves da Tabacaria.
Ninguém nos moldará de novo em terra e barro,
Ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
Florir.
Em direção
A ti.
Um Nada
Fomos, somos, continuaremos
A ser, florescendo:
A rosa do Nada, a de
Ninguém.
Paul Celan, mas sem judaísmo nem campos de concentração
FC
https://youtu.be/fd6z4lSCqgY?feature=shared
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