Ninguém nos moldará de novo em terra e barro,
ninguém animará pela palavra o nosso pó.
Ninguém.
Louvado sejas, Ninguém.
Por amor de ti queremos
florir.
Em direcção a ti.
Um Nada
fomos, somos continuaremos
a ser, florescendo:
a rosa do Nada, a
de Ninguém.
Com
o estilete claro-de-alma,
o estame ermo-de-céu,
a corola vermelha
da purpúrea palavra que cantámos
sobre, oh sobre
o espinho.
(tradução de Yvette Centeno e João Barrento)
Um Ramo de Rosas -- Colhido por José da Cruz Santos na Poesia Portuguesa e Estrangeira, Porto, Modo de Ler, 2010, p. 40.
(lido na sessão de 1 de Junho de 2012)
Sem comentários:
Enviar um comentário