«O que faço eu aqui? Deitado num hospital dos Serviços Nacionais de Saúde, espero, rezando para que as dores e a febre que há três meses me atormentam sejam realmente sintomas de malária -- apesar das numerosas análises que me fizeram, nenhum para sita foi detectado. Há treze horas que tomo comprimidos de quinino, mas a temperatura parece não baixar. Toco nas orelhas. Estão frias. Meto a mão entre as pernas. Vá lá... Basta um pouco de excitação para que a febre aumente.
Entra, então, uma das pessoas que aqui trabalha de quem eu mais gosto: Assunta, a mulher a dia e encarregada de servir o chá.»
Excerto de «Assunta -- Uma história», O que Faço Eu Aqui?, tradução de José Luís Luna, Quetzal Editores, Lisboa, 1993.
(lido na sessão de 18.VI.2014)
O que vale a um pobre enfermo é uma qualquer Assunta! O assunto é que traga um chazinho, para aquecer as orelhas!
ResponderEliminarOra bem! :)
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