13 de junho de 2014

B

BACO, n.  Uma divindade conveniente, inventada pelos antigos como desculpa para se embriagarem.
BANDEIRA, n.  Um trapo colorido que se usa acima das tropas e nos quartéis e navios. Parece ter a mesma função de certos cartazes que se podem ver nos terrenos baldios de Londres: «Pode atirar-se lixo para aqui».
BANDIDO, n. Uma pessoa que, à força, tira a A aquilo que A, com manhas, tirou a B.
BAPTIZAR, v.t.  Infligir cerimoniosamente um nome a uma criança indefesa.
BARBEIRO, n.  (Do Latim barbarus, selvagem, a partir de barba, a barba.) Um selvagem que nos faz esquecer a laceração da nossa cara, perante o tormento superior que é ter de ouvir a sua conversa.
BIOGRAFIA, O tributo literário que um pequeno homem presta a uma grande homem.
BRUTO, n. Ver MARIDO.
BRUXA, n. (1) Uma mulher feia e repelente, que fez um pacto demoníaco com o Diabo. (2) Uma jovem mulher bela e atraente, muito mais demoníaca que o próprio Diabo.

Ambrose Bierce, Dicionário do Diabo, Lisboa, Tinta da China, 2006, pp. 25-29.

Alguma entradas da letra B, lida na sessão de 11 de Junho de 2014. 

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