«Porém, quando estávamos quase a chegar ao Sumbe, o lagarto começou a rir. Sei que parece estranho, mas é a pura verdade: Leopoldino ria. Não ria exactamente como uma pessoa, claro, ria como uma pessoa semelhante a um lagarto, mas ria. Eram gargalhadas secas, cínicas, que estalavam dentro do jipe de uma forma vagamente assustadora. Eu ouvi-o e não tive vontade de rir. O meu amigo, que conduzia o jipe, ficou ainda mais inquieto:»
Do conto «Dos perigos do riso», lido na sessão de 21 de Maio de 2014
in Fronteiras Perdidas (1999), 5.ª edição, Lisboa, Dom Quixote, 2009, pp. 15-19.
Bela pincelada! São pérolas como esta que fazem a diferença...
ResponderEliminarConcordo!
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