Li a entrevista. Alguns aspectos focados já os lera em outra entrevista do ano passado (mês de Junho) dada ao "JL" a propósito da saída do 6º volume da História de Portugal. A última resposta - sobre a ausência do Islão na História de Herculano - causou-me alguma perplexidade. É verdade que o Livro I arranca com os borgonheses e a fundação da nacionalidade, mas a Introdução II dedica cerca de 100 páginas à conquista da Península por Tarik e Musa, às guerras civis entre os muçulmanos, às diversas dinastias até à entrada dos almorávidas. E a matéria não se esgota nas partes seguintes. Eu li a História de Herculano na juventude e ainda é a fonte que sigo para tirar algumas dúvidas. Também aborda desenvolvidamente a monarquia asturo-leonesa, o domínio romano é que nem tanto, acho eu.
A História do Herculano (aliás, fundadora) aborda as questões políticas, militares e institucionais, deixando de fora a história social e cultural. É essa a essa 'ausência' que o ABC se refere.
Sim, essa é a pecha que se aponta a Herculano. Falava apenas de ABC ter referido a ausência do Islão ("lacuna brutal") na História de Portugal escrita pelo educador do príncipe D. Pedro ("ad usum Delphini"). Porém, lendo com atenção, pode entender-se que o termo Islão traduz precisamente esse conjunto de elementos sociais e culturais desprezados por Herculano. E sendo assim, o discurso tem sentido.
Gostei da entrevista (gosto sempre de aprender)... e concluí, após a leitura dos comentários do Manuel e Ricardo, que tenho de ler a História do Herculano. (Aonde vou eu encontrar vida para ler tudo o que me falta ainda?) Zé
Muito instrutiva.
ResponderEliminarObrigado, pela parte que me toca!
Li a entrevista. Alguns aspectos focados já os lera em outra entrevista do ano passado (mês de Junho) dada ao "JL" a propósito da saída do 6º volume da História de Portugal. A última resposta - sobre a ausência do Islão na História de Herculano - causou-me alguma perplexidade. É verdade que o Livro I arranca com os borgonheses e a fundação da nacionalidade, mas a Introdução II dedica cerca de 100 páginas à conquista da Península por Tarik e Musa, às guerras civis entre os muçulmanos, às diversas dinastias até à entrada dos almorávidas. E a matéria não se esgota nas partes seguintes. Eu li a História de Herculano na juventude e ainda é a fonte que sigo para tirar algumas dúvidas. Também aborda desenvolvidamente a monarquia asturo-leonesa, o domínio romano é que nem tanto, acho eu.
ResponderEliminarA História do Herculano (aliás, fundadora) aborda as questões políticas, militares e institucionais, deixando de fora a história social e cultural. É essa a essa 'ausência' que o ABC se refere.
EliminarSim, essa é a pecha que se aponta a Herculano. Falava apenas de ABC ter referido a ausência do Islão ("lacuna brutal") na História de Portugal escrita pelo educador do príncipe D. Pedro ("ad usum Delphini"). Porém, lendo com atenção, pode entender-se que o termo Islão traduz precisamente esse conjunto de elementos sociais e culturais desprezados por Herculano. E sendo assim, o discurso tem sentido.
EliminarMeu Professor.
ResponderEliminarAdorei encontrá-lo aqui.
:)
Gostei da entrevista (gosto sempre de aprender)... e concluí, após a leitura dos comentários do Manuel e Ricardo, que tenho de ler a História do Herculano.
ResponderEliminar(Aonde vou eu encontrar vida para ler tudo o que me falta ainda?)
Zé
Sugiro a edição da Bertrand, com um estudo introdutório e notas do José Mattoso.
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