25 de maio de 2020

o mar

«Escuto o mar no seu vasto marulhar na madrugada. Olho-o intensamente na sensação fria e desértica de um naufrágio. No espaço do céu há estrelas ainda acesas.» Vergílio Ferreira, Até ao Fim, 8.ª ed., Lisboa, Bertrand Editora, 2001, p. 102.

3 comentários:

  1. Gostei de ler este Vergílio Ferreira embora não estivesse presente na sessão. Acontece que os livros caem em mim num grande esquecimento só ficando deles na minha memória algumas pinceladas. Depois, nunca fiz a experiência de releituras o que admito que é muito útil para novas compreensões das obras. Neste o que me ficou? sobretudo esse estado de levitação nas margens do Ser que se busca, na consciência de uma perdição moral(?) ao encontro de um novo achamento. A imagem da capela, os azuis, o tremeluzir da manhã , o espaço impar das Azenhas, são quanto a mim os mais simbólicos para a representação de uma narração complexa, onde tudo se perde e tudo se ganha. Aliás, potencialidades amargas da ficção virgiliana no labirinto do ser, na descoberta da escrita e das paixões enrodilhadas de memória. Aonde a verdade? aonde o existir? talvez...no mar

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