O PALÁCIO DA VENTURA
Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busco anelante,
O palácio encantado da Ventura.
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formosura!
Com grandes golpes, bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas de ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!
Antero de Quental, Sonetos
Sim é um dos meus poemas preferidos. Parei, agora...um pouco às portas douradas de um palácio ideal, coisa que à meses não fazia , e, dei com estebelo poema deu para respirar um pouco ..
ResponderEliminarUm poema extraordinário deste príncipe da grã (des)ventura.
ResponderEliminarEste também faz parte do meu espólio mental.
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