SONETO DA VISITAÇÃO
Tenho o presépio em nossa casa armado.
Vinde adorar o meu menino amado,
Honrá-lo com carinhos, com presentes!
Muito quietinho, nas roupinhas quentes,
O infante dorme, dorme aconchegado.
É lindo, pois não é? o meu morgado?
Que tu, Senhor, em graça mo aviventes!
E, de joelhos, com um ar de boda,
Adora e pasma-se a assistência toda,
Como diante dum festivo altar.
Que perfeição! Que enlevo de criança!
-- E pedem num louvor que não descansa
Que Deus nos dê saúde p'ra o criar.
Vinde adorar o meu menino amado,
Honrá-lo com carinhos, com presentes!
Muito quietinho, nas roupinhas quentes,
O infante dorme, dorme aconchegado.
É lindo, pois não é? o meu morgado?
Que tu, Senhor, em graça mo aviventes!
E, de joelhos, com um ar de boda,
Adora e pasma-se a assistência toda,
Como diante dum festivo altar.
Que perfeição! Que enlevo de criança!
-- E pedem num louvor que não descansa
Que Deus nos dê saúde p'ra o criar.
António Sardinha (Monforte, 1887 - Elvas, 1925)
A Epopeia da Planície (1915) /
/ Líricas Portuguesas - 2.ºªSérie
(edição de Cabral do Nascimento)
Isto diria o meu avô Manuel, a seu jeito.
ResponderEliminarE diria bem, um jeito bendito.
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