CANTIGA SUA PARTINDO-SE
Senhora, partem tão tristes
meus olhos por vós, meu bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
Tão tristes, tão saudosos,
tão doentes da partida,
tão cansados, tão chorosos,
da morte mais desejosos
cem mil vezes que da vida.
Partem tão tristes os tristes,
tão fora d'esperar bem,
que nunca tão tristes vistes
outros nenhuns por ninguém.
JOÃO ROIZ DE CASTEL-BRANCO (Séc. XV-XVI)
Pois claro.
ResponderEliminarMas então, este não é o 2º poema dos 101 poemas portugueses? Não está mal a repetição, claro, com a curiosidade de apresentarem diferentes arquitecturas estróficas.
ResponderEliminarOps! Tens razão! Mas como é uma pérola, nunca é demais ...
EliminarAs repetições serão inevitáveis, uma vez que se trata de antologias pessoais. Eu vou repetir um do Manuel, pelo menos, que de resto já o tinha antologiado. Fui tentado a incluir o do carlos de Oliveira, que ele publicou (dando nota disso, obviamente), mas prefiro manter-me fiel às minhas primeiras escolhas, mesmo que tenha de deixar de lado aquele assombro.
EliminarĖ um poema belìssimo.
ResponderEliminarEste é dos que sei de cor desde que me conheço... portanto...
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