dá-me a linguagem
dá-me a linguagem
do centro das pedras
aquela secura
a clivagem certa
dá-me os rebordos
cortantes das pedras
seu voo ofensivo
o fácil arremesso
dá-me a centelha
da pele das pedras
aquela dureza
com que são objectos
VASCO GRAÇA MOURA, Artes Poéticas, 2002
É mesmo um manual de boas práticas. Também tenho um dele escolhido, um poemaço, de resto.
ResponderEliminarVGM é sempre de considerar.
ResponderEliminarFez-me lembrar um conselho transmitido por um superior, quando eu cumpria o serviço militar obrigatório: «da tropa tira-se tudo: nem que seja uma pedra, porque um dia podemos precisar dela para atirar a alguém». Saí da tropa no segundo mais próximo em que me foi possível; mesmo assim, não me escapei a três anos, três meses e dez dias.
ResponderEliminarNota: o comentário que saiu sob anonimato é de J. A. Marcos Serra
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