A MORTE É QUE ESTÁ MORTA
Para José Régio
A morte é que está morta.
Ela é aquela Princesa Adormecida
no seu claro jazigo de cristal.
Aquela a quem, um dia – enfim – despertarás…
E o que esperavas ser teu suspiro final
é o teu primeiro beijo nupcial!
– Mas como é que eu te receava tanto
(no teu encantamento lhe dirás)
e como podes ser assim – tão bela?
Nas tantas buscas, em que me perdi,
vejo que cada amor tinha um pouco de ti…
E ela, sorrindo, compassiva e calma:
– E tu, porque é que me chamas Morte?
Eu sou, apenas, tua Alma…
MARIO QUINTANA, Apontamentos de História Sobrenatural (1976)
Que bem sacado -- não fazia ideia de que ele tinha um poema dedicado ao Régio...
ResponderEliminarA Morte, afinal...
ResponderEliminarde J. A. Marcos Serra
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