4. «Praia». «Era uma espécie de clube de Verão.»
3. «Retrato de Mónica». «Mónica é uma pessoa tão extraordinária que consegue simultaneamente: ser boa mãe de família, ser chiquíssima, ser dirigente da "Liga Internacional das Mulheres Inúteis", ajudar o marido nos negócios, fazer ginástica todas as manhãs, ser pontual, ter imensos amigos, dar muitos jantares, ir a muitos jantares, não fumar, não envelhecer, gostar de toda a gente, toda a gente gostar dela, dizer bem de toda a gente, toda a gente dizer bem dela, coleccionar colheres do séc. XVII, jogar golfe, deitar-se tarde, levantar-se cedo, comer iogurte, fazer ioga, gostar de pintura abstracta, ser sócia de todas as sociedades musicais, estar sempre divertida, ser um belo exemplo de virtudes, ter muito sucesso e ser muito séria.»
2. «A viagem». «A estrada ia entre campos e ao longe, às vezes, viam-se serras.»
Sophia de Mello Breyner Andresen, Contos Exemplares [1962], 4.ª ed., Lisboa, Portugália, s.d.
Era uma casa muito engraçada:
ResponderEliminarNão tinha teto, não tinha nada.
Ninguém podia entrar nela, não,
Porque na casa não tinha chão.
(…)
Vinicius de Moraes
“Little” e não “litle”.
EliminarMónica é uma máscara.
ResponderEliminarOs outros também.
Mónica não existe.
Os outros também.
E tudo rima
Tam bem.
São aberturas...mas se considerarmos a "micronarrativa" como subgénero, aliás cada vez mais divulgado podemos considerar estas aberturas o conto na versão integral ! O que é espantoso pelo que deixa de espaço à imaginação do leitor. No Japão e não só existem contistas de telemóvel escrevendo no metro durante o almoço por falta de tempo e condições melhores...e há por aí quem faça comentários pelos bares...por motivo idêntico....
ResponderEliminarPS: leiam a Matilde Campilho, "Flecha".
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