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2 de julho de 2015

19 de maio de 2015

2 poemas de Hermann Hesse




UM ENXAME DE MOSQUITOS

Miríades em poalha rebrilhante
Se agrupam ávidos e avançam
Em círculos trémulos
Desenfreadamente divertidos
Uma hora e logo sumidos
No delírio se esgotam zubinando
De pura alegria da morte.

Impérios decadentes e arruinados,
Tronos dourados desaparecidos
Na voragem da noite e da lenda, sem deixar traço,
Jamais conheçeram dança tão frenética.


NA NÉVOA

Como é estranho andar no nevoeiro!
Sòzinha a pedra e a planta,
Uma árvore não vê a outra,
Solidão tanta.

Muitos amigos eu tinha
No tempo da vida viva;
Agora que a névoa cai,
De tudo a vista me priva.

Nada sabe quem não sabe
Como a treva nos separa
De tudo e todos, tão doce,
Inescapável, avara.

Como é estranho andar no nevoeiro!
A vida é solitude -- não adianta.
Ninguém conhece um outro.
Solidão tanta.

in Jorge de Sena, Poesia do Século XX, 2.ª ed., Coimbra, Fora do Texto, 1994, pp. 190-192

(lido na sessão de 8 de Maio de 2015) 

16 de maio de 2015

A propósito de Siddhartha

Na caminhada lenta pelo Bhagavad-Gítá...
(versão com versículos em sânscrito, transcrição fonética e tradução em português, comentada por Swami Prabhupáda)
... encontrei a páginas 689:
"Às vezes, o modo de bondade se torna preeminente, derrotando os modos da paixão e da ignorância..."
A explicação do especialista, afirma:
"Embora existam estes três modos da natureza material, se o homem for determinado, poderá ser abençoado com o modo de bondade, e, transcendendo o modo de bondade, poderá situar-se em bondade pura, que se chama o estado vasudeva, um estado em que se pode compreender a ciência de Deus...
Vasudeva recorda-lhes alguém?
Não restam dúvidas que Hermann Hesse sabia mesmo do que escrevia.
Recomendo que não procurem mais sobre o assunto, porque, de certeza, vão encontrar muito mais.