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13 de novembro de 2011

fim de festa com panache

Aquele mundo estava a acabar para eles, em África; penso que ninguém ali poria isso em causa não obstante todos os discursos e todo aquele cerimonial; mas estavam todos à vontade, a usufruir do momento, enchendo o velho salão com conversas e risos como quem não se importa, como quem sabe viver com a história. Nunca admirei tanto os portugueses como naquela altura. 

V. S. Naipaul, Uma Vida pela Metade, tradução de Maria João Delgado, 4.ª edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2003, p. 174.

7 de setembro de 2011

e assim começa UMA VIDA PELA METADE

Willie Chandran perguntou um dia ao pai:
-- Porque me chamaram Somerset? Os miúdos na escola descobriram e andam a gozar-me.
O pai disse meio tristonho:
-- Pusemos-te o nome de um grande escritor inglês. Deves ter visto livros dele aí pela casa.
-- Mas não os li. Gostavas assim tanto dele?
-- Não sei bem. Ouve e logo verás.

V. S. Naipaul, Uma Vida pela Metade, tradução de Maria João Delgado, 4.ª edição, Lisboa Publicações Dom Quixote, 2002, p. 11.

20 de julho de 2011

resenha de 2009 (4)

V. S. Naipaul, Uma Vida pela Metade (Abril). Percebe-se que é um grande escritor, mas neste livro parece-me ficar aquém. O desenraizamento do protagonista, Willy, alia-se ao ambiente crepuscular do império colonial português. Um livro desconfortável.