Aquele mundo estava a acabar para eles, em África; penso que ninguém ali poria isso em causa não obstante todos os discursos e todo aquele cerimonial; mas estavam todos à vontade, a usufruir do momento, enchendo o velho salão com conversas e risos como quem não se importa, como quem sabe viver com a história. Nunca admirei tanto os portugueses como naquela altura.
V. S. Naipaul, Uma Vida pela Metade, tradução de Maria João Delgado, 4.ª edição, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2003, p. 174.