31 de janeiro de 2019

o top de 2018



1.º Germinal, de Émile Zola (8 votos)

2.º Os Despojos do Dia, de Kazuo Ishiguro (6 votos)

3.º A Tempestade, de Ferreira de Castro (4 votos) 

4.º Maus, de Art Spiegelman;  Ilhéu de Contenda, de Teixeira de Sousa (3 votos)

6.º O Romancista Ingénuo e o Sentimental, de Orhan Pamuk; Insanus, de Carlos Querido; Um Muro no Meio do Caminho, de Julieta Monginho (1 voto)

sem votos: Donde Viemos - História de Portugal I, de António Borges Coelho; Café República, de Álvaro Guerra; Malditos -- Histórias de Homens e de Lobos, de Ricardo J. Rodrigues

23 de janeiro de 2019

chão sem cadáveres e céu sem explosões

«Da raiz à nuca é escura como os olhos de Asmahn, esmorecida, como agora estão os olhos, em confronto com uma espera infinita, numa ilha que lhe oferece pouco mais do que o chão sem cadáveres e o céu sem explosões.» Julieta Monginho, Um Muro no Meio do Caminho, Porto, Porto Editora, 2018, pp. 39-40.

10 de janeiro de 2019

lestada

«Quando clareou o dia, a lestada já havia amainado. Eusébio saiu a averiguar os estragos do temporal. A verdura que na véspera cobria as achadas, os cutelos, as ribeiras, transformou-se da noite para o amanhecer num emaranhado de hastes e folhas ardidas. O milharal que tanto prometia, as faquetas arremangadas prometendo fartura, encontrava-se agora alastrado no chão, de mistura com as cordas de aboboreira e caules de feijoeiro. As árvores pareciam aves depenadas, os galhos contorcendo-se de desespero. O vento leste queimara tudo.» Teixeira de Sousa, Ilhéu de Contenda [1978], Mem Martins, Publicações Europa-América, s.d., p. 215.

3 de janeiro de 2019