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6 de novembro de 2023

POEMAS IMORTAIS - UMA SELECÇÃO POSSÍVEL. IV

 

O Esposo:

Quão formosa e encantadora és,

meu amor, minhas delícias.

O teu porte assemelha-se ao da palmeira,

e os teus seios são os seus cachos.

Eu disse: subirei à palmeira,

e colherei os seus frutos.

Os teus seios serão para mim 

como cachos de uvas,

e o perfume da tua boca,

como o odor das maçãs.

A tua palavra é como um vinho excelente

que corre deliciosamente para o amado,

e desliza por entre os seus lábios e os seus dentes.


A Esposa:

Eu sou para o meu amado,

e os seus desejos voltam-se para mim.

Vem, meu amado,

saiamos para o campo,

passemos a noite nos pomares;

madrugaremos para ir às vinhas,

e ver se a vinha lançou rebentos,

e se as flores se abrem,

se as romãzeiras estão em flor.

Ali te darei os meus amores.

As mandrágoras exalam o seu perfume;

e temos à nossa porta

frutos excelentes,

novos e velhos, 

que guardei para ti, meu amado.


(Cântico dos Cânticos, Cap. 7. Edição da Difusora Bíblica)

Poema atribuído a Salomão, por uma velha tradição, sem grande fundamento histórico. 

É mais provável que tenha sido composto no século IV a.C.