O Esposo:
Quão formosa e encantadora és,
meu amor, minhas delícias.
O teu porte assemelha-se ao da palmeira,
e os teus seios são os seus cachos.
Eu disse: subirei à palmeira,
e colherei os seus frutos.
Os teus seios serão para mim
como cachos de uvas,
e o perfume da tua boca,
como o odor das maçãs.
A tua palavra é como um vinho excelente
que corre deliciosamente para o amado,
e desliza por entre os seus lábios e os seus dentes.
A Esposa:
Eu sou para o meu amado,
e os seus desejos voltam-se para mim.
Vem, meu amado,
saiamos para o campo,
passemos a noite nos pomares;
madrugaremos para ir às vinhas,
e ver se a vinha lançou rebentos,
e se as flores se abrem,
se as romãzeiras estão em flor.
Ali te darei os meus amores.
As mandrágoras exalam o seu perfume;
e temos à nossa porta
frutos excelentes,
novos e velhos,
que guardei para ti, meu amado.
(Cântico dos Cânticos, Cap. 7. Edição da Difusora Bíblica)
Poema atribuído a Salomão, por uma velha tradição, sem grande fundamento histórico.
É mais provável que tenha sido composto no século IV a.C.