29 de agosto de 2016

o início de OS MEMORÁVEIS

«O antigo embaixador estava vestido de seda e, por estranho que pareça, o caminho que iria conduzir aos memoráveis teve início no copo de uísque escocês que andava nas suas mãos.»
 
Lídia Jorge, Os Memoráveis [2014], 4.ª ed., Lisboa, D. Quixote, 2016.

13 de agosto de 2016

A. M. Pires Cabral, 75


 
A. M. Pires Cabral nasceu em Chacim, Macedo de Cavaleiros, em 13 de Agosto de 1941



De A. M. Pires Cabral

2 de agosto de 2016

NOME DE GUERRA (Almada Negreiros)

Um estilo ginasticado, em que se reconhece, sem dificuldade, a escrita de Almada, tanto em prosa como na própria poesia. Esse estilo é mesmo o que salva o livro, hoje, em 2016, pois se o confronto entre o real e o ideal, entre indivíduo e sociedade, entre irreverência e conformismo (ou rebeldia e domesticação) são temas de sempre, o pano de fundo é mais do que circunscrito, como não podia deixar de ser, provavelmente. 
Grande livro em 1925, ano em que foi escrito, mas não editado, o que ocorreria só em 1938, pelas mão de João Gaspar Simões -- e por essa altura já não tão grande, uma vez que, entretanto, se publicara o Elói, ou Romance numa Cabeça, do mesmo JGS, o Jogo da Cabra Cega, de José Régio, e Sedução, de José Marmelo e Silva -- embora nenhum deles seja, ou fosse, Almada.
Tomarmos Nome de Guerra, nos dias de agora como obra-prima, será manifesto exagero, o que não significa que tenha deixado de ser um excelente, digamos, romance. A minha  obra-prima de Almada, poderá ser, talvez, a Cena do Ódio. Mas a literatura escapa-se-nos, e sempre será mais do que entusiasmos e embirrações particulares. E ainda bem.