16 de dezembro de 2024

as aberturas de OS MEUS AMORES

4.1. «Comédia da província - I. Prelúdios de festa». «Este ano, a Festa da Senhora das Dores devia ser coisa de estalo.» 

3. «Última dádiva». «Distante do rio apenas um tiro de bala ficava o horto do José Cosme, belo horto, ainda que pequeno, todo mimoso de frutas e hortaliças, fechado entre velhas paredes musgosas, atufadas em silvedo, comunicando com a estrada por um pequeno portelo mal seguro.»

2. «Sultão». «Ao cair da tarde, o Tomé da Eira entrava em casa cansado, esfalfado de andar um dia inteiro a mourejar no campo.»

1. «Idílio rústico». «Quando atravessou a povoação, rua abaixo, com o rebanho atrás dele, era ainda muito cedo.»


Trindade Coelho, Os Meus Amores [1891], Mem Martins, Publicações Europa-América, s.d.

6 comentários:

  1. Estava incluido na antologia da minha 4ª classe ao lado de Castilho. Muito lido na geração de nossos Pais. Quem o lê hoje?




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    1. Quando as selectas eram concebidas como um repositório de conhecimento do nosso património literário e, portanto, cultural. Quem lê o quê, hoje?

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    2. Hoje? Revistas Nova Gente com a beata medicinal ao fundo da adolescência requentada, uma cervejola tremoceira nas mãos academicamente toscas, uns resumos da trivialidade a arrotar gírias e uma escrita abreviada bem longe do bigode piaçaba do Eça. Não dá para limpar… ou isto ou pouco se convive!

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  2. Um maçom transmontano. Foi exonerado do seu cargo... Muitas desilusões e um esgotamento nervoso. Aos 47 anos suicidou-se com um tiro no coração.

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  3. Respostas
    1. embora não romântico ântumo...
      esse paga direitos de autor?

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