30 de dezembro de 2020
capismo
29 de dezembro de 2020
23 de dezembro de 2020
22 de dezembro de 2020
ALGARVE (Sophia de Mello Breyner Andresen)
1
A luz mais que pura
Sobre a terra seca
2
Eu quero o canto o ar a anémona a medusa
O recorte das pedras sobre o mar
3
Um homem sobe o monte desenhando
A tarde transparente das aranhas
4
A luz mais que pura
Quebra a sua lança
Livro Sexto (1962), 9.ª ed. , Porto, Assírio & Alvim, 2014, p.25,
16 de novembro de 2020
CAMINHO DA MANHÃ
"Vais pela estrada que é de terra amarela e quase sem nenhuma sombra. As cigarras cantarão o silêncio de bronze. À tua direita irá primeiro um muro caiado que desenha a curva da estrada. Depois encontrarás as figueiras transparentes e enroladas; mas os seus ramos não dão nenhuma sombra. E assim irás sempre em frente com a pesada mão do Sol pousada sobre os teus ombros, mas conduzida por uma luz levíssima e fresca. Até chegares às muralhas antigas da cidade que estão em ruínas. Passa debaixo da porta e vai pelas pequenas ruas estreitas, direitas e brancas, até encontrares em frente do mar uma grande praça quadrada e clara que tem no centro uma estátua. Segue entre as casas e o mar até ao mercado que fica depois de uma alta parede amarela. Aí deves parar e olhar um instante para o largo pois ali o visível se vê até ao fim. E olha bem o branco, o puro branco, o branco da cal onde a luz cai a direito. Também ali entre a cidade e a água não encontrarás nenhuma sombra; abriga-te por isso no sopro corrido e fresco do mar. Entra no mercado e vira à tua direita e ao terceiro homem que encontrares em frente da terceira banca de pedra compra peixes. Os peixes são azuis e brilhantes e escuros com malhas pretas. E o homem há-de pedir-te que vejas como as suas guelras são encarnadas e que vejas bem como o seu azul é profundo e como eles cheiram realmente, realmente a mar. Depois verás peixes pretos e vermelhos e cor-de-rosa e cor-de-prata. E verás os polvos cor de pedra e as conchas, os búzios e as espadas do mar. E a luz se tornará líquida e o próprio ar salgado e um caranguejo irá correndo sobre uma mesa de pedra. À tua direita então verás uma escada: sobe depressa mas sem tocar no velho cego que desce devagar. E ao cimo da escada está uma mulher de meia idade com rugas finas e leves na cara. E tem no pescoço uma medalha de ouro com o retrato do filho que morreu. Pede-lhe que te dê um ramo de louro, um ramo de orégãos, um ramo de salsa e um ramo de hortelã. Mais adiante compra figos pretos: mas os figos não são pretos mas azuis e dentro são cor-de-rosa e de todos eles corre ma lágrima de mel. Depois vai de vendedor em vendedor e enche os teus cestos de frutos, hortaliças, ervas, orvalhos e limões. Depois desce a escada sai do mercado e caminha para o centro da cidade. Agora aí verás que ao longo das paredes nasceu uma serpente de sombra azul, estreita e comprida. Caminha rente às casas. Num dos teus ombros pousará a mão da sombra, no outro a mão do Sol. Caminha até encontrares uma igreja alta e quadrada. Lá dentro ficarás ajoelhada na penumbra olhando o branco das paredes e o brilho azul dos azulejos. Aí escutarás o silêncio. Aí se levantará como um canto o teu amor pelas coisas visíveis que é a tua oração em frente do grande Deus invisível"
De como uma penosa ida ao mercado de uma cidade costeira e decrépita numa manhã de sol escaldante se transfigura numa belíssima peça de prosa lírica.
FF
13 de novembro de 2020
o início de O LEOPARDO
«Nunc et in hora mortis. Amen.» Tomasi di Lampedusa, O Leopardo [1958], tradução de Rui Cabeçadas, lisboa, Círculo de Leitores, 1987. p. 7.
9 de novembro de 2020
as aberturas de CORES, de Ruben A. (1960)
«Branca». «D. Branca morava no Porto e sofria, por vezes, de chiliques inofensivos.»
«Roxo». «Tinha os olhos roxos, de vidente.»
«Amarelo». «Findo o espectáculo, em toda assistência se notava um contentamento pouco expressivo.»
«Azul». «A transfusão de sangue tinha operado o seu milagre -- realmente o sangue azul corria-lhe nas veias em caudal abundante, até mesmo para um bom aproveitamento sanguíneo eléctrico.»
«Pardos». «Os Pardos viviam fora da cidade.»
«Vermelho». «Todas as vezes que entrava numa sala onde estava gente ele fazia-se vermelho.»
«Preto». «A morte do Preto começava na terça-feira».
«Verde». «Foi gratuitamente e por acaso que estando ontem na Ribeira das Naus a olhar para um Tejo verde me espantei a trouxe-mouxe.»
Ruben A. (1920-1975), Cores, 2.ª ed., Lisboa, Assírio & Alvim, 1989
27 de outubro de 2020
as aberturas das NOVELAS ERÓTICAS, de M. Teixeira-Gomes (1935)
«Deus ex machina». «O Inverno de 1890 foi dos mais ásperos que flagelaram a Europa durante o século findo, e na Holanda, então -- onde eu o passei quase todo --, país relativamente temperado e malìssimamente preparado para as baixas temperaturas, morria-se de frio.»
«A cigana (Carta a António Patrício)». «Hammamet, Dezembro, 1930. / Meu caro amigo: / Com aquela mesma mulher cuja presença, anos depois de nos separarmos para sempre, adivinhei, "senti", num recinto imerso em profundas trevas e cheio de gente; e logo, porque fugi para a não ver, me sugeriu a explicação do mito de Orfeu e Eurídice; com essa mesma mulher, durante os nossos longos e atormentados amores, deu-se um caso de telepatia tão raro, que merece realmente ser arquivado.»
«Margareta». «Em matéria de viagens fui sempre, por instinto e reflexão, refractário a programas; contudo, na minha primeira ida a Itália, reconhecendo a necessidade de visitar com certo método país tão incomparável e infinitamente variado na paisagem e na arte, delineei um plano que me tolhesse as turbulências juvenis, sopeando-me a irrebatível mania das digressões, e executei-o sem repugnância nem arrependimento.»
«Cordélia». «As minhas relações com gente da Catalunha datam da infância, graças a uns negociantes de cortiça, de S. Feliú de Guixols, que se estabeleceram na minha terra e de que ainda hoje lá existe descendência.»
«?». «O meu quarto na hospedaria Fra Giaccomo, em Smirna, era uma gaiola de vidro suspensa sobre o mar, e isso concorreu muito para que eu aí me demorasse mais do que projectara.»
«O sítio da mulher morta». «Já totalmente impossibilitados de trabalhar, os Elisiários, meus velhos caseiros dos Pegos Verdes, tinham abandonado a propriedade recolhendo-se a um casebre que possuíam na povoação vizinha, a Figueira.»
M. Teixeira-Gomes (1860-1941), Novelas Eróticas [1935], Lisboa, Relógio d'Água, 2012
8 de outubro de 2020
"Ressuscitando" Beldemónio
Em leituras investigantes, dei comigo a ler um livro interessantíssimo de Emídio Navarro, descrevendo um passeio científico, promovido pelo doutor Sousa Martins, à Serra da Estrela, e, entre muitas curiosidades e pormenores, dei com o seguinte trecho, que me permito transcrever, atualizando a grafia de 1884.
«... Por baixo do tal quadro havia algumas fotografias. - De quem é este retrato? perguntei admirado, apontando para uma delas. - É de Beldemónio; é de meu filho, respondeu o pobre homem com um suspiro, que parecia traduzir, em partes iguais, um misto de ternura e de mágoa. Uma natural delicadeza nos proibiu de investigar e profundar a significação desse suspiro, contentando-nos em saber, que vive em Gouveia o pai de um dos moços mais esperançosos da nossa literatura, estilista de buril tão delicado e mimoso, como vigoroso e firme...
... E aí está o segredo de Gouveia. Ficámos sabendo, que vive em Gouveia o pai de um dos nossos mais distintos escritores, e que o pai rendilha quadros de canudinhos de papel com tanta perfeição, como o filho rendilha períodos harmoniosos. O pai chama-se Vitorino Lobo Correia de Barros, e o filho assina-se Barros Lobo, e usa no jornalismo o pseudónimo de Beldemónio...»
Se lhe abri o apetite, lamento informar que o livro se tornou uma raridade, mas espero que, a curto prazo, o possa encontrar na Bibliotrónica Portuguesa... sem papel.
25 de setembro de 2020
O LEOPARDO
UM MONUMENTO EM FORMA DE LIVRO!
Leiam, leiam, mas devagar, que tem muitas calorias...
"Começava o dia; aquele pouco de luz que conseguia atravessar a colcha de nuvens era de novo impedido pela sujidade imemorial do postigo. Chevalley ia sozinho; no meio de choques e safanões, molhou de saliva a ponta do indicador, e limpou o vidro pelo tamanho de um olho. Espreitou; à sua frente, sob a luz de cinzas, a paisagem dava solavancos, irredimível."
13 de setembro de 2020
EPHEMERIDES
13 DE SETEMBRO DE 1885 (135 ANOS)
AQUILINO RIBEIRO
"Para que não desse voltas ao estômago do senhor alferes, sempre se havia de desencantar uma pestana de bacalhau e cibo de pão. E, graças, aquilo eram terras no calcanhar do mundo, que viviam ainda na era do rei que rabiou."
(Andam Faunos Pelos Bosques)
7 de setembro de 2020
100 Cartas a Ferreira de Castro - uma promessa
Quando nos deliciámos com este livro que o Mestre Ricardo deu à leitura, deixei a intenção de pesquisar quais dos livros, dos autores nele citados, havia disponíveis para consulta digital.
Para além de O Drama da Sombra, do nosso padroeiro, vou organizar dois grupos: os autores com os livros citados nas 100 Cartas, além de outros, e os correspondentes de Ferreira de Castro com livros disponíveis na internet.
De Júlio Dantas, Nada. João Lúcio de Azevedo deixou O Marquês de Pombal e a sua Época, Evolução do Sebastianismo, História dos Cristãos-Novos Portugueses. Aquilino Ribeiro - Jardim das Tormentas e A Via Sinuosa. Manuel Teixeira-Gomes com Inventário de Julho e Agosto Azul. Mau Tempo no Canal de Vitorino de Nemésio. De António Botto, Canções. Manuel Ribeiro enriquece-nos com A Catedral, A Planície Heróica e O Deserto. De Rocha Martins, A Paixão de Camilo (Ana Plácido). Jaime Cortesão deixa-nos com A Morte da Águia, Memórias da Grande Guerra e A Expedição de Pedro Álvares Cabral.
Dos que mereceram a honra de escreverem a Ferreira de Castro e serem selecionados para as 100 Cartas, com obra disponível, refiro: Raúl Brandão, João Grave, Augusto de Castro, Delfim Guimarães, Fidelino de Figueiredo, Raúl Proença, Augusto Casimiro, João de Barros, Pinto Quartim, Henrique de Barros, Egas Moniz, António José Saraiva, Luís de Almeida Braga, Manuel Ferreira, Álvaro Salema, Hernâni Cidade e Mário Sacramento.
Deixo-lhe a pista deste tesouro em https://bibliotronicaportuguesa.pt/livronicos-na-internet/ e, se por acaso se fatigou com a leitura, pense na labuta que tive para lhe trazer tudo prontinho para consulta e leitura livre e agradável.
o início de O RIO TRISTE
12 de agosto de 2020
EPHEMERIDES
12 DE AGOSTO DE 1907 (113 ANOS)
MIGUEL TORGA
28 de julho de 2020
De O DESERTO, com saudades
A primeira surpresa foi deparar com dedicatória de 1929 a Ruben de Carvalho. Nos meus arquivos de memória só consegui aceder a um homónimo que não existia nesta data; ainda tentei descobrir algum ascendente, mas não consegui.
Deixo o desafio para os meus confrades mais sabedores.
Depois a leitura, conhecendo eu o percurso de Manuel Ribeiro, desde as utopias anarcossindicalistas, às imposições bolcheviques, até aos ideais de um cristianismo idealista.
Faz pensar no contraste entre o que vivemos e o que poderíamos fazer da nossa vida e, se não tivesse tropeçado numa quantidade notável de "SES", iria a correr refugiar-me na Cartuxa de Miraflores, em Burgos, que já visitei com alma de turista estudioso, mas não suficientemente informado, na altura.
O convite é mesmo intenso e convincente.
Finalmente: confesso que me tenho lembrado com saudade das nossas sessões e de todos os confrades, mas, porque a edição que li é de 1922, tive um pensamento especial para aqueles que continuam a preferir sempre os AO anteriores aos posteriores.
Boas leituras.
21 de julho de 2020
20 de julho de 2020
EPHEMERIDES
20 DE JULHO DE 1304 (716 ANOS)
FRANCESCO PETRARCA
16 de julho de 2020
EPHEMERIDES
16 DE JULHO DE 1916 (104 ANOS)
MÁRIO DIONÍSIO
15 de julho de 2020
RUA da AMARGURA
Venho dar a conhecer aos colaboradores e visitantes d'A CURVA DOS LIVROS o meu último trabalho, esperando que a pandemia que há 5 meses praticamente nos mantém isolados uns dos outros, não tarde a desvanecer-se, permitindo uma apresentação formal e ao vivo.
Fernando Faria
23 de junho de 2020
Depois das NOVELAS ERÓTICAS
16 de junho de 2020
correr-se dromedário
13 de junho de 2020
6 de junho de 2020
EPHEMERIDES
6 DE JUNHO DE 1875 (145 ANOS)
THOMAS MANN
26 de maio de 2020
Ruben A. e Ferreira de Castro
, Diário Popular Popular, em 7 de Abril de 1966 -- quando se assinalava o cinquentenário da publicação do seu primeiro livro, Criminoso por Ambição -- o romancista de A Torre da Barbela traçou um eloquente retrato moral do escritor, nascido há 122 anos, completados anteontem, 24: «[…] nos raros encontros que tivemos -- eu fiquei com um pedaço da sua alma agarrada à minha fraca humanidade. / Tem a estranha qualidade em escritores portugueses -- que é a de saber admirar, mostrar ao mundo do dia a dia -- que a vida não é apenas um alguidar de lacraus onde todos se trincam sadicamente.» A esta qualidade moral, Ruben juntou outra: o exemplo da rectidão: «[…] por detrás dessas linhas [os seus romances] desenha-se uma alma fina, silhueta perfeita do homem que estimula, do ser que combate com a dignidade de quem na praça pública só tem ou segue uma conduta.»
25 de maio de 2020
EPHEMERIDES
25 DE MAIO DE 1265 (755 ANOS)
DANTE ALIGHIERI
"Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la"
o mar
CLUBE DE LEITURA DO MUSEU FERREIRA DE CASTRO
O HOMEM QUE ERA QUINTA-FEIRA
Ainda só cheguei ao capítulo IV e estou completamente rendido. É uma obra-prima!O capítulo III é de loucos; uma luta de (dissimulados) titãs em que cada golpe é melhor que o anterior.Obra magistral!
21 de maio de 2020
a morte de uma árvore
12 de maio de 2020
CORTE NA ALDEIA
E quando já não há?! Abdico de ler, ou aplico o rifão "do mal o menos"?
Prefiro a muleta à imobilização.
É por isso que, se quer matar o apetite que o confrade Manuel Nunes nos abriu sobre a Corte na Aldeia, e já não encontra a escrita do Francisco Rodrigues Lobo, impressa no papel, lhe deixo o seguinte caminho;
https://bibliotronicaportuguesa.pt/livronicos-na-internet/
Depois é só buscar o autor, por ordem alfabética, e ele lá estará para lhe oferecer:
LOBO, Francisco Rodrigues, As eclogas F
LOBO, Francisco Rodrigues, Côrte na aldeia e noites de inverno, Volume I F
LOBO, Francisco Rodrigues, Côrte na aldeia e noites de inverno, Volume II F
LOBO, Francisco Rodrigues, O Condestabre de Portugal D. Nuno Alvres, Pereira F
J. A. Marcos Serra
5 de maio de 2020
DIA MUNDIAL DA LÍNGUA PORTUGUESA
Elogio da língua portuguesa
Francisco Rodrigues Lobo, Corte na aldeia. Lisboa: Edições Vercial, 2010
DIÁLOGO I
E verdadeiramente que não tenho a nossa língua por
grosseira, nem por bons os argumentos com que alguns
querem provar que é essa; antes é branda para deleitar,
grave para engrandecer, eficaz para mover, doce para
pronunciar, breve para resolver e acomodada às matérias
mais importantes da prática e escritura. Para falar é
engraçada com um todo senhoril, para cantar é suave com
um certo sentimento que favorece a música; para pregar é
substanciosa, com uma gravidade que autoriza as razões e
as sentenças; para cartas nem tem infinita cópia que dane,
nem brevidade estéril que a limite; para histórias nem é tão
florida que se derrame, nem tão seca que busque o favor
das alheias. A pronunciação não obriga a ferir o céu da
boca com aspereza, nem a arrancar as palavras com
veemência do gargalo. Escreve-se da maneira que se lê, e
assim se fala. Tem de todas as línguas o melhor: a
pronunciação da Latina, a origem da Grega, a familiaridade
da Castelhana, a brandura da Francesa, a elegância da
Italiana. Tem mais adágios e sentenças que todas as
vulgares, em fé de sua antiguidade. E se à língua Hebreia,
pela honestidade das palavras, chamaram santa, certo que não sei eu outra que tanto fuja de palavras claras em matéria descomposta quanto a nossa. E, para que diga tudo, só um mal tem: e é que, pelo pouco que lhe querem seus naturais, a trazem mais remendada que capa de pedinte.
Francisco Rodrigues Lobo, Corte na Aldeia (1619)
3 de maio de 2020
EPHEMERIDES
3 DE MAIO DE 1540 (480 ANOS)
FREI AGOSTINHO DA CRUZ
1 de maio de 2020
leitura em tempo de Covid-10 - «S. João d'Arga", de Ruben A.
30 de abril de 2020
RUBEN A. - AUTOBIOGRAFIA
Nota: Ruben A. refere o nome do vapor como "Deinster" e quanto ao número de tripulantes fala de «quarenta homens» que «encomendavam a alma aos deuses revoltos do mar».
29 de abril de 2020
contorções
28 de abril de 2020
quadriculado
27 de abril de 2020
leitura em tempo de Covid-19 - «As mãos», de Júlio Dantas
De Mulheres (1916); antologiado por João Pedro de Andrade em Os Melhores Contos Portugueses, Lisboa, Portugália, 1959, pp. 79-83.
24 de abril de 2020
EPHEMERIDES
23 DE ABRIL DE 1564 (456 ANOS)
W. SHAKESPEARE
23 de abril de 2020
leitura em tempo de Covid-19: uma máxima sobre a máxima, de José Bacelar
Livro extraordinário, cuja leitura vivamente se recomenda.
José Bacelar (1900-1960), médico, ensaísta, colaborador da Seara Nova, presença e Revista de Portugal.
«Uma máxima não pretende defender um ponto de vista ou indicar uma direcção; uma máxima constata, simplesmente. Não é pois um género actual.» (do «Prefácio»)
José Bacelar, Revisão -- Anotações à Margem da Vida Quotidiana, Lisboa, Portugália Editora, 1935.