25 de setembro de 2025

RELEITURAS EM FÉRIAS 2

 


Visitar (ou re-revisitar) Burgos sem esquadrinhar a sua catedral, por fora e por dentro, sempre na expetativa de descobrir mais um pormenor que escapara, é como ir à Capela Sistina... e esquecer-se de levantar os olhos para o teto.
E os que têm gosto por História não se livram da compulsão de tentar dar sentido a tudo e encher de informação os principais relevos, recantos e dimensões.
É este modo de sentir que me reconduziu a mão para o livro do escritor e professor de História Medieval, José Luís Corral, O NÚMERO DE DEUS, que nos envolve nos tempos em que a catedral começa a elevar-se aos céus, até atingir toda a sua beleza grandiosa, numa competição sadia com as de Chartres, Leon, Paris... e menos sadia entre alguns homens.
Interessante pela história, atraente pelo romance, ganhei por ter relido com gosto, além do que recordei e aprendi.
Fica a partilha e o desafio.

14 de setembro de 2025

RELEITURAS EM FÉRIAS 1

 

Tempo mais livre que o habitual e estante menos disponível à vista, levaram-me a reler obras que tinham permanecido no arquivo da memória.
Vá lá saber-se porquê, comecei com OH JERUSALÉM, de Dominique Lapierre e Larry Collins.
História pura e pormenorizada, abrangendo os anos de 1947 e 48, ajuda a entender toda a evolução da relação entre o novo estado de Israel e todos os seus vizinhos, imediatos ou próximos.
E talvez, desesperadamente, a concluir que, se algo humano, e consequentemente transitório, é eterno, será o conflito a que assistimos.
E, sob a névoa do tempo e do esquecimento, quem são os responsáveis reais, que se mantêm alheados, como se não tivessem sido eles a acender a faísca do desastre e do ódio.
Não me alongo; recomendo vivamente a quem o tema interesse.

7 de setembro de 2025

o início de O PRÍNCIPE COM ORELHAS DE BURRO

«Era de uma vez, no reino da Traslândia, um casal que não tinha filhos.» José Régio, O Príncipe com Orelhas de Burro [1942], 6.ª ed., Porto, Brasília Editora, 1978, p. 7.