22 de janeiro de 2014

IMAGENS DE "A LÃ E A NEVE" últimas

Como conta o Romance, o tempo deu em ameaçar borrasca, o céu escureceu, e o Covão da Ametade transformou o seu ar de paraíso perdido em ameaça séria.
Uma névoa intensa envolveu os Cântaros (Os Cântaros, enormes moles magalíticas, são três: O Magro, o Gordo e o Raso).
Os dois primeiros, veem-se a coroar o Covão, na imagem ao lado esquerdo.
Logo depois da primeira chuva grossa, o "Zêzere Menino" que ali nasce, entre os Rochedos que ladeiam A Rua dos Mercadores, deu em engrossar a voz, proferindo ameaças (haviam de vê-lo, como já vi, como um mar largo, inundando todo o Covão, sem garganta suficiente para jorrar toda a água no Vale.)
Entretanto a montanha parecia estalar, como se os Cântaros ameaçassem esboroar-se e esmagar os homens e o rio, com uma raiva ciclópica.












(à esquerda, os três Cântaros; à direita, pormenor do Cântaro Magro).
O Covão da Ametade, fica (na foto) à esquerda do Cântaro Magro... lá bem no fundinho).

E, como mandam as regras da natureza, depois da tempestade vem a bonança.
O Tónio partiu para a Vila com a alma escura de preocupações, e o Horácio lá conseguiu avançar até à Nave de Santo António da Argenteira, onde encontrou outros pastores, menos solitários que ele... ou talvez mais, quem sabe?











Muitos mais pormenores poderia dar a conhecer: não quis, porém,  ultrapassar os limites máximos da arte de molestar
Homenageio os meus confrades do Clube de Leitura; o escritor Ferreira de Castro,como nosso patrono literário; a sua obra, A Lã e a Neve, pelo que é e porque se ocupou da ninha terra e da minha serra; Manteigas, berço que (há quem diga) escolhi; os que me antecederam e me foram construindo, mesmo sem saber que o faziam.

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