31 de maio de 2018

OS DESPOJOS DO DIA

Ainda não terminei. Mas já o podia ter feito. Prefiro saborear o último trago muito lentamente e reservar o foguetório mesmo para a sexta-feira ao final da tarde...
Na verdade, falta-me, suponho uma jornada do passeio do DIGNISSIMO (mas, decerto, não felicíssimo) MORDOMO! Tem sido tão saborosa a leitura que gostaria que, em vez de cinco, a passeata no Ford durasse dez dias!
Que bela visita guiada ao mundo da alta aristocracia britânica e aos mistérios da vida dos seus servidores! 
Até amanhã!

FF

Svetlana Alexievich, 70

(Stanislav, actual Ivano-Frankivsk, Ucrânia, 31 de Maio de 1948)

28 de maio de 2018

da fraqueza da divindade

«Tens cada ideia mais estranha! / "O seu Deus, o seu Deus, por quem ele luta!" / A quem pertence Deus? Que espécie de Deus / é esse que pertence a um homem? Que precisa / que se lute por ele?» G. H. Lessing, Nathan o Sábio [1783], trad. Yvette Centeno, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2016, p. 121.
 

21 de maio de 2018

livros que nos marcaram

Livros que nos marcaram, dentre os 112 que constituem o acervo do Clube de Leitura do Museu Ferreira de Castro nos últimos dez anos.
Como se calcula, muitos foram os citados, menos os escolhidos para a partilha em voz alta de passagens que duma ou doutra forma estimularam a Confraria.
Aqui fica o registo da noite de 18 de Maio:


Águas da Primavera, de Ivan Turguénev;
A Curva da Estrada, de Ferreira de Castro;

Emigrantes, de Ferreira de Castro;
A Guerra não Tem Rosto de Mulher, de Svetlana Alexievich;
Húmus, de Raul Brandão;
Marmequer, de Mia Couto;
A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore, de Raul Brandão;
As Pequenas Memórias, de José Saramago;
Platero e Eu, de Juan Ramón Jiménez;
Se Isto É um Homem, de Primo Levi (2 vezes);
O Senhor dos Navegantes, de Ferreira de Castro.


e ainda, as inesperadas leituras:
Pedras Falsas, de Diana de Liz;
Mas Deus É Grande, de José Régio.

17 de maio de 2018

2008-2018: Dez anos do Clube de Leitura do Museu Ferreira de Castro: géneros e países


Géneros literários
´
Romance e novela 77
Conto 9
Ensaio 4
Miscelânea 4
Historiografia 3
Poesia 3
Crónica 2
Reportagem 2
Viagens 2
Banda Desenhada 1
Diário 1
Memórias 1
Teatro 1
Testemunho 1


















Países representados






Portugal 67
Brasil 5
Estados Unidos 5
França 4
Reino Unido 4
Alemanha 3
Espanha 3
Áustria 2
Itália 2
Rússia 2
África do Sul 1
Angola 1
Austrália 1
Bielorrússia 1
Cabo Verde 1
Colômbia 1
Hungria 1
Índia 1
Líbano 1
Moçambique 1
Suécia 1
Trinidade e Tobago 1
Turquia 1




Império Áustro-Húngaro 1
Roma Antiga 1

16 de maio de 2018

viver no campo

«A vida no campo sempre teve a ver com vizinhos a maquinar uns contra os outros, desejando pestes uns aos outros, desejando colheitas pobres uns aos outros, desejando a ruína financeira uns aos outros, mas, em momento de crise, sempre prontos a ajudarem-se mutuamente.» J. M. Coetzee, Desgraça,  [1999], trad. José Remelhe, Lisboa, Biblioteca Sábado, Lisboa, 2008, p. 106.

14 de maio de 2018

Que sabemos nós disso?...

«"Fazíamos prisioneiros, trazíamo-los ao acampamento... Não eram fuzilados, seria para eles uma morte demasiado fácil, matávamo-los como porcos com varetas de espingardas, cortávamo-los em pedaços. Ia ver isso... Ansiava por isso! Esperava o momento em que os olhos lhes começassem a rebentar de dor... As pupilas...
O que é que sabe disso?! Eles queimaram a minha mãe com as minhas irmãzinhas numa fogueira no meio da aldeia..."» Svetlana Alexievich, A Guerra não Tem Rosto de Mulher (1985), trad. Galina Mitrakhovich, Lisboa, Elsinore, 2016, p. 36.


4 de maio de 2018

INGÉNUO E PARCIAL...

O senhor Pamuk, ilustre professor de Literatura na Universidade de Colúmbia (onde se terá já cruzado com outra celebridade, esta lusa), é mui versado em literatura russa, francesa, alemã,inglesa, americana, etc. mas parece que nunca cheirou um naco sequer de Camilo, Eça, Assis, Veríssimo, Couto, Antunes, Saramago, Pepetela..., em suma, desconhece por completo a literatura de língua portuguesa, á qual não faz uma única referência neste livro. Sobrou-lhe, no entanto, espaço para referir umas vinte vezes que é escritor há 35 anos. É a vida...







3 de maio de 2018

K. Maurício

«K. Maurício só era feliz quando se refugiava no sonho, só era feliz quando se calafetava por dentro, construindo à sua vontade um mundo quimérico onde era rei ou palhaço.» Raul Brandão, A Morte do Palhaço e o Mistério da Árvore [1926], Lisboa, Editorial Verbo, 1972, p. 12.