31 de março de 2020

EPHEMERIDES

31 DE MARÇO DE 1596 (424 ANOS)
RENÉ DESCARTES







"DARIA TUDO O QUE SEI PELA METADE DO QUE IGNORO"
(nunca veio tão a-propósito!)

28 de março de 2020

EPHEMERIDES

28 DE MARÇO DE 1810 - 210 ANOS
ALEXANDRE HERCULANO







"O segredo da felicidade é encontrar a nossa alegria na alegria dos outros"

25 de março de 2020

100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO - CARTA LXXVII

MARIA ARCHER


Eu, que me considero um ignorante curioso e vagamente esclarecido, venho confessar pública e humildemente que até há poucochinho (quando li a carta de Maria Archer e respectivas notas), ignorava quase tudo acerca da escritora e activista anti-fascista. Obrigado, mais uma vez, R.A., por esta tão rica manta de valiosos retalhos que é o livro 'sub judice'.
Muitas das cartas revelam amplas facetas dos seus autores. Mas a da M. Archer parece-me dever figurar em lugar de destaque. 
Que delicadeza, que sensibilidade, que distinção!
Metade da carta é para, com fina elegância e grande detalhe, explicar a FC o motivo por que não lhe pôde acenar da amurada, depois de embarcar não sei em que navio, rumo ao Brasil, aproveitando, no final, para pedir-lhe, à cautela, para representar igual explicação a Aquilino, que também terá ficado a ver navio(s). Não sei qual a posição da senhora perante o assunto religião, muito menos o que pensava sobre a Senhora de Fátima, mas tocou-me a forma respeitosa e nobre com que ela  relata o incómodo e transtorno que lhe trouxe o embarque da imagem. Não é coisa que se veja muito, nomeadamente em pessoas que não professam uma qualquer fé. Outro qualquer aproveitaria para expelir impropérios contra o pedaço de madeira que só foi perturbar o sossego de um pacato viajante...
A outra metade continua a revelar uma mulher do mundo, muito inteligente, atenta e crítica ao que se passa à sua volta (em meia dúzia de linhas traça um bom retrato do Brasil, sobretudo Rio e São Paulo, sem esquecer uma nota sobre a pouca relevância da colónia portuguesa) e sobremaneira preocupada com a forma como fintar a censura...
Um dia destes, se o covid permitir, ainda vou procurar qualquer coisa de M.A. para ler!



(Se F.C. teve um caso com M.A., teve muito bom gosto, a todos os títulos...)

FF
    

"uma pantomima diligente"

«É uma segunda-feira, a cidade agita-se por detrás do ecrã de nevoeiro. As pessoas vão para o trabalho como nos outros dias, apanham o eléctrico, o autocarro, sobem para a imperial e ficam a cismar ao frio. Mas o dia 20 de Fevereiro desse ano não foi uma data igual às outras. Contudo, a maioria passou a manhã em tarefas árduas, mergulhada nessa grande mentira decente do trabalho, com esses pequenos gestos em que se concentra uma verdade muda, decorosa, na qual toda a epopeia da nossa existência se resume a uma pantomima diligente.» Éric Vuillard, A Ordem do Dia [2017], trad. João Carlos Alvim, Lisboa, D. Quixote, 2018, pp. 11-12.
  

24 de março de 2020

"100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO" - JOÃO DE BARROS


Carta interessante que dá para perceber o grau de amizade e confiança existente entre os correspondentes. Também de algum vínculo familiar, pois, segundo vi nas notas, João de Barros era padrinho da filha de Ferreira de Castro.
Do autor tive em tempos, e já não sei onde está, a sua adaptação em prosa da Odisseia de Homero. A partir daí, as minhas referências ficaram pela monumental História da Literatura Portuguesa, de António José Saraiva e Óscar Lopes, em cuja 6º Época, Capítulo XII se pode ler: «A imaginária helénica torna-se particularmente insistente em João de Barros (1881-1960), que, além das suas campanhas de pedagogia e de aproximação luso-brasileira, se distingue por uma afirmativa confiança no progresso, na razão, nas reservas de energia imanentes ao homem terreno e ao povo».
Assim, limito-me a dois apontamentos de ordem pessoal. Primeiro, o facto de partilhar com João de Barros o gosto pela praia de Santa Cruz, de onde é expedida a missiva de 15 de Agosto de 49 – de «MAR-LINDO, restaurante e salão de chá, alimentação esmerada, appartements e quartos com água quente e fria».  Há pouco tempo, numa das minhas passagens pela praia, fotografei o monumento que o homenageia:
«POETA DO QUE NÃO MORRE,
AVENTUREIRO DOS CIMOS,
NAVEGADOR ENTRE ABISMOS,
DESCANSA, REPOUSA EM PAZ…
TEU SULCO NÃO SE DESFAZ
NUM FRÁGIL FLUIR DE ESPUMAS…»
O segundo apontamento é sugerido pelo pintor Machado da Luz, citado na nota biográfica, que penso ser pai do meu companheiro de “armas” em Nampula (ele no Q.G. e eu no Serviço de Intendência) Manuel Machado da Luz, arquitecto e crítico de cinema, falecido precocemente em 1997. O Manel era um homem de uma cultura e bonomia extraordinárias. Belas noites de copos e conversas no bar Bagdad de Nampula… No regresso a Lisboa (1972), tínhamos combinado um jantar no Gambrinus com mais dois elementos do grupo, e foi a única vez que entrei no emblemático local. Já depois de 1974, encontrei-o várias vezes num restaurante da Rua Rodrigo da Fonseca, pois trabalhava como arquitecto no Gabinete da Área de Sines que ficava ali mesmo ao pé. Por fim fomos ficando distanciados, cada um pelo seu caminho, e nem sequer soube da sua morte.
Desculpem-me estes apontamentos pessoais que se esgueiram um bocado da matéria do livro, mas julgo que numa sessão de leitores, mesmo virtual, também há lugar para eles.

23 de março de 2020

Uma leitura de 100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO

Há muito que um livro não me obrigava a trabalhar tanto: porque me agarrou, porque me informou e ensinou, porque me levou a conhecer pensadores de ideologias libertárias, que aprendi com Fernando Biencard Raposo, homem de teoria e ação daqueles tempos (quem sabe se conhecido de alguns dos literatos referidos no livro), pelo panorama geral da intelectualidade portuguesa dos primeiros quarteis do século XX, pelo testemunho político subjacente a muitas cartas, e como manancial do que designamos por cultura geral.
E isto, graças ao trabalho excelente do nosso "abade entre confrades", Ricardo Alves. Bem haja.
Em sessão discutida, não imaginam o que me teriam de ouvir; nestas circunstâncias de confinamento (a palavra é quase tétrica), vou "morigerar", seguindo bons conselhos sussurrados... aos olhos. Assim, deixo apenas referências ao que me despertou mais a atenção:
Na página 8, a referência a Raul Brandão. Na 22, a confissão dorida que brota na linha 3. Na 32, a sova a Júlio Dantas. Na 70, o tom, entre coloquial e urdido, com finalidade clara, de Tomás Ribeiro Colaço. Na 98, quando ... «Em 1940, decidi escrever um romance...». Na 104, o "epitáfio" a Guerra Junqueiro. Na 109, a Referência a Rocha Martins. Na 128, a mensagem de apoio a Norton de Matos. Na 149, o testemunho genuíno de Maria Lamas. Na 145, em Referência, o que escreve Armindo Rodrigues. Na 171, o que António José Saraiva diz de Ferreira de Castro. Na 178, a carta de Maria Archer. Na 204, a carta de Óscar Lopes, e na 210, a de António Álvaro Dória, além das palavras tumulares de Jorge Segurado. Na 225, o apelo de Virgínia Moura e o que está subjacente. Finalmente, da página 228, o texto que se inicia com «Quando há meio século entrámos no túnel...» e termina «... a chorar com a alegria que só os velhos sabem sentir.», nas palavras de José Gomes Ferreira.
Por fim, um desafio ao nosso Ricardo: fiz o levantamento de todas as obras referidas neste livro, com edições com mais de 70 anos; como princípio geral, livres para divulgação pública (várias já o estão, aliás). Muitas delas, no espólio do Museu Ferreira de Castro. Porque não proceder à sua digitalização para que, ressuscitadas, possam voltar a ser lidas, homenageando quem as escreveu? E mesmo outras que, não existindo no Museu, a que se pudesse aceder. Se o museu não pudesse carregar esse acervo, eu disponibilizo-me para ajudar a encaminhar os ficheiros para local digital adequado, e a divulgá-los em plataforma do maior crédito. No entanto, já comecei a ver quais deles estão já disponíveis para evitar duplicações.
... Eu sei: só as pessoas muito ocupadas têm tempo para empreender novas coisas.

da carta de Raul Brandão a Ferreira de Castro:

«São raras efectivamente as pessoas que em Portugal estimam os meus livros, mas essas bastam-me, quando compreendem não o que vale a minha obra necessariamente imperfeita, mas o esforço que faço para arrancar alguns farrapos ao Sonho…»

Carta I, datada da Nespereira, Guimarães, em 28 de Março de 1922.
Resposta a um artigo sobre Brandão escrito por Ferreira de Castro, na revista  A Hora. Brandão foi uma das principais referências de Castro, como já o dissera Jorge de Sena.
100 Cartas a Ferreira de Castro, edição de Ricardo António Alves, Sintra, Câmara Municipal e Rede Portuguesa de Museus, 2007, p. 7.



20 de março de 2020

"100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO" - MANUEL FERREIRA

Uma carta que me surpreendeu pelo tom de humildade deste "escrevinhador" com obra feita, 1º sargento do exército, pensando eu que fosse oficial... Conheci Manuel Ferreira aí por 1966 ou 67 como frequentador do pavilhão Ribamar de Algés onde tomava café com a companheira Orlanda Amarílis, também contista da ficção cabo-verdiana. Moravam em Linda-a-Velha, era ali perto.Tenho dele este livro:

Edição da Plátano Editora, Colecção Poliedro, Junho de 1972.
Muito curioso, este livro de contos tem uma espécie de pórtico, como era usual nas obras de Ferreira de Castro. Aludindo ao triângulo de subsistência do cabo-verdiano, diz: «Milho, feijão, cabra. Mas de tempos a tempos a escassez das chuvas.Vai-se a cabra - e eis o equilíbrio destruído. Com milho e feijão (cachupa pobre)  ainda o cabo-verdiano subsiste. Ciclicamente porém o drama da estiagem. O feijão some-se. Milho apenas, e pouco. Um luxo de ricos. A tragédia da fome. Fome oculta, fome crónica, fome epidémica, fome total. A boqueira, o beribéri, a caquexia, o inchaço, a pelagra larvando. A pelagra na sua destruição dos três dd: dermatose, diarreia, demência.» 
Uma nota final: o pavilhão Ribamar de Algés é hoje um estabelecimento Burger King. 

19 de março de 2020

100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO

CARTAS XXIX e XLV

Vou a meio do livro e sinto-me bastante enriquecido cultural e esteticamente com o que vou lendo (as próprias cartas e as suculentas e mui eruditas notas do autor). Renovo, por isso, o meu agradecimento e as felicitações ao Ricardo Alves.
O que em primeiro lugar ressalta destas cartas e creio que da generalidade da literatura epistolar é o revelarem a personalidade e os gostos (às vezes as fraquezas e achaques) de quem as escreve e, indirectamente, também do destinatário. São quase um espelho da própria alma. Curiosa, por exemplo, a confissão/lamento de um já septuagenário M. Teixeira-Gomes (Carta XXIV) quando diz que os empachos da idade só lhe permitem ler muito lentamente. 


Muitas coisas me impressionaram até agora, mas vou apenas referir em particular duas:

Na carta XXIX (João da Silva Correia) achei imensa graça à passagem em que o autor diz a Castro que apesar da prova de algodão quanto ao êxito de uma obra (o fazer chorar a criada) duvidava que tal se verificasse sempre, porque uma peça de teatro que escreveu ao 19 anos e que não tinha pés nem cabeça fez chorar mais na sala de espectáculos do que um Sermão do Encontro (se alguém não souber o que é, posso esclarecer) 

Na carta XLV, Herberto Sales, falando de A Lã e a Neve, diz:
"Ali há vida como só na vida... Não sei como se pode criar um mundo e criar gente de carne e osso, através da simples enfileiração de caracteres tipográficos... Sua força de persuasão é tão grande que a gente não se conforma que Horácio seja um mero tipo de romance. Não. É um moço português que vive e foi recenseado. Ele está aí. Não pode deixar de estar."
Que maior elogio pode receber um autor?

100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO - a 1.ª edição

Em 1992, o Museu Ferreira de Castro reabria após quase um década de encerramento ao público. Pareceu que a melhor maneira de assinalar o facto seria a edição de uma amostra do acervo documental, através de uma selecção de correspondência passiva.
Desde que a minha, num Natal, me oferecera a edição mais completa até então da Correspondência de Eça de Queirós, editado por Guilherme de Castilho na Imprensa Nacional, que e epistolografia se me revelara como um género extraordinário que combinava dois dos meus grandes interesses: a História e a Literatura.
Nessa altura, a correspondência não estava ainda toda inventariada, pelo que se tratou de uma pesca à linha; mais tarde, estando anunciando-se esta edição praticamente esgotada, pois tivera uma distribuição nacional, e tendo sido muito bem recebida, foi o momento, aproveitando um programa da Rede Portuguesa de Museus, onde pontificava Raquel Henriques da Silva, de avançar, entre outras edições com uma nova desta 100 Cartas, mas refundida. 
Amanhã darei conta das diferenças. Para já, na capa, Jaime Brasil, Roberto Nobre e Ferreira de Castro em Versalhes, em 1948, numa fotografia de Maria do Céu Nobre.

"100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO" - ANTÓNIO BOTTO


A carta (datada de 14-11-1940) é curiosa, mesmo à maneira de António Botto. Começa por louvar o romance A Tempestade, editado pela Guimarães naquele ano, dizendo de seguida que não possuía os romances Emigrantes e Terra Fria e que queria «completar a colecção», naturalmente com exemplares que o autor tivesse disponíveis: «se lhe for possível agradecia-lhe muito que aí deixasse o que consta do pedido acima mencionado.» E em post scriptum acrescenta esta pergunta talvez impertinente: «Poderei mandar aí amanhã o portador?»

José Régio, autor do ensaio António Botto e o Amor (1938), tinha, como outros escritores, razões de queixa do poeta. Fundamentalmente pela sua índole em que imperava a intriga, a duplicidade e a mentira. Nunca deixou, porém, de reconhecer o valor da sua poesia.
No 5º volume do ciclo romanesco A Velha Casa, Botto é representado na personagem do poeta João Salvador. Fique-se com uma ideia da personagem criada por este pequeno trecho: «Toda Lisboa mais ou menos culta assumia perante o poeta-esteta João Salvador uma posição complicada e peculiar: pois ao mesmo tempo o admirava (ou não sabia se devia admirá-lo), o desprezava um pouco, repetia a seu respeito anedotas indecorosas, o temia pela sua língua delicadamente viperina, e alimentava por ele uma curiosidade que o próprio se empenhava em açular sem satisfazer. Desde a noite em que Lelito o conhecera, sempre a sua fama, ou popularidade, viera grassando. Uma popularidade pouco invejável, diziam os moralistas e puritanos. Até alguns colegas o diziam;  – e colegas em todos o sentidos, embora alguns secretos. Os versos destes eram vulgares, por isso eram estes que mais o odiavam e invejavam. Porém Fernando Pessoa escrevera em seu louvor, outros tinham acompanhado tal arrojo, e, embora a autoridade do Mestre ainda então não fosse reconhecida por muitos, já bastava a refrear um pouco o fel dos invejosos.» (JOSÉ RÉGIO, Vidas São Vidas, edição da Obra Completa, IN-CM, p. 120).

18 de março de 2020

EPHEMERIDES

16 DE MARÇO DE 1825 (195 ANOS)

(desculpem o atraso, mas não podia passar em claro o maior esteta da prosa nacional)

CAMILO CASTELO BRANCO








"Calisto Elói de Silos e Benevides de Barbuda, morgado da Agra de Freimas, tem hoje quarenta e nove anos, por ter nascido em 1815, na aldeia de Caçarelhos, termo de Miranda."
(A Queda dum Anjo)

17 de março de 2020

"100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO" - REINALDO DOS SANTOS


Carta de Reinaldo dos Santos, médico, cirurgião e historiador de arte, datada 3 de Janeiro de 1953. Como se diz na súmula biográfica, «a amizade com Castro data de 1931, quando este, internado com uma gravíssima septicemia, foi salvo pela intervenção do cirurgião e historiador.» No anto anterior ocorrera o falecimento de Diana de Lis, companheira do escritor. Estes acontecimentos foram determinantes na escrita do pórtico de Eternidade (1933) em que se exprime o sonho de o homem poder vir um dia a superar a morte.  
Vejo as obras do médico e historiador de arte existentes no Museu, e esta, por razões óbvias (é de 1922 e teve uma edição limitada), não está lá:
Consultei-a há duas semanas nos reservados da BN por causa de uma visita da Comunidade de Leitores de São Domingos de Rana à exposição de Álvaro Pires de Évora no MNAA. Reinaldo dos Santos foi a Itália (Toscânia) em demanda dos trabalhos do pintor quatrocentista e terá sido o primeiro português a escrever sobre ele. Este livro – cuja capa fotografei – é o resultado dessa viagem. Obra de estudo e divulgação do artista, mas também com apontamentos de literatura de viagens pelas impressões deixadas sobre os diversos locais visitados, em alguns casos com fotos.

16 de março de 2020

AS "100 CARTAS A FERREIRA DE CASTRO" E A SESSÃO QUE NÃO SE REALIZARÁ

Daí eu propor a realização de uma sessão virtual ao longo das próximas semanas. O livro está muito bem organizado: as cartas, as notas com referências biográficas e bibliográficas, a indicação da existência de livros e documentos do correspondente no acervo do Museu Ferreira de Castro.
Refiro-me hoje a Judith Navarro e à sua carta de 21 de Junho de 1966 cujo conteúdo gira em torno deste livrinho (1ª edição de 1958)
que consegui requisitar na biblioteca municipal de Vila Franca de Xira antes do seu encerramento. É literatura juvenil com boas ilustrações de Martins da Costa. O nosso Ferreira de Castro é explicado aos jovens a partir da sua aventura no Amazonas, tendo como guia A Selva e, como fontes para a autora, as biografias feitas por Jaime Brasil e Alexandre Cabral. Acho-o um trabalho interessante, de utilidade para a "promoção" do autor de Ossela junto do público juvenil.
Não tive possibilidade de investigar como surgiu a ideia do livro e qual foi o seu acolhimento crítico, bem assim como a que «recorte» se refere Judith Navarro na sua carta. A verdade é que teve uma 2ª edição em 1967. O Ricardo dirá certamente alguma coisa. A Cristina também, penso seu.