Façamos companhia a Horácio, a subir o Vale do Zêzere (Manteigas é a mancha clara, ao fundo), na companhia do "Piloto", coxeando, até ao Covão da Ametade (designação incorreta no Romance), aonde vai encontrar-se com o Tónio.
Apontando à Ribeira, vai saindo da Vila, depois de ter descido do Eirô.
Mil e duzentas passadas depois, aparece à esquerda, a Capela da Senhora dos Verdes. (À direita veem-se as janelas da casa do senhor Francisco Esteves G. de Carvalho, "Vasco da Gama Sotomayor"?)
que desgostoso com a pequenez da Capelinha antiga, decidiu, já nos anos sessenta, arrasá-la e mandar construir, no mesmo lugar, coisa que se visse. Salvou-se a Carvalha multicentenária (ou milenar?) que chegou a estar condenada por várias vezes, mas lá continua, frágil, mas viva e de pé, frente à capela..
(As janelas do casarão lá continuam a espreitar, à direita).
Continuemos a acompanhar o "nosso" pastor e o seu cão.
Passada a zona da Senhora dos Verdes, e depois da conversa com Idalina, em terreno junto ao rio, passou por cima dos edifícios das Caldas de Manteigas.
Construções modernizadas e bem apetrechadas na atualidade, Horácio, viu-as assim: clique
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Atravessou, logo de seguida, o Rio Zêzere, para a margem direita, pela Ponte.
Duas curvas sinuosas e bem subidas, e, logo à direita, o engenho industrial, movido a água, pertencente aos Pereiras. Clique
AQUI (foto protegida por direitos de autor)
Também a eles metera empenhos o Sr.Vigário, sem resultado.
(Padrinhos de minha Mãe, ainda conheci, por dentro, esta fábrica movida a água; de tal forma espantoso o mecanismo que, apesar de criança, nunca mais o esqueci). Hoje é unidade hoteleira adstrita às Caldas de Manteigas / Inatel).
Ribeira acima, viu, junto ao Rio, uma corte do "Valadares". Assobiou. Não estava ninguém. Encontrou-o, estranhamente, pouco depois.
Moído de saudades e preocupações, lá foi, puxando pelas pernas, até ao Covão da Ametade, onde encontrou o Tónio. Ainda não escurecera...