27 de fevereiro de 2025

pedra-de-toque #15

«Aprendi com o povo e com a vida, sou um escritor e não um literato, em verdade sou um obá -- em língua iorubá da Bahia obá significa ministro, velho, sábio: sábio da sabedoria do povo.» 

Jorge Amado, Navegação de Cabotagem (1992)

3 comentários:

  1. Participei no lançamento desta obra em Lisboa. Casa cheia numa interminável sessão de autógrafos. Lá estavam entre outros Mário Soares, Raúl Solnado, José Carlos Vasconcelos. Desciamos numa escada muito apertada e num recinto claustrofóbico lá estava Jorge Amado em mangas de camisa e com recadinhos em papel que lhe enfiavam no bolsinho da camisa. "Toma lá rapaz" fui tudo quanto ne disse...e passou ao autógrafo seguinte. Creio ter sido na Barata.

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    1. Também estive uma vez com ele, no Estoril, e levei-lhe a primeira edição portuguesa de «Os Velhos Marinheiros» para assinar.
      No «Navegação de Cabotagem», o Ferreira de Castro é a figura portuguesa mais referida.

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  2. "Os Velhos Marinheiros" foi a primeira obra que li, muito jovem ainda, fora do eixo dos nossos clássicos. Ofereceu-mo meu Pai e achei aquelas histórias deliciosas e plenas de humanismo e sensualidade. Mais tarde, eu estava novamente a observar na montra da" Casa Figueira "- onde Ferreira de Castro costumava passar para autografar as suas obras - um livro de J Amado acabado de sair quando um confrade veio despertar-me para aderir à" página 2000".
    Estou a ler com mais cuidado a partir do post que colocou as Navegaçôes. São tb um documento muito humano pelo carinho que o autor derrama por aqueles que foram amizades sinceras. Sofreu com eles, nalguns casos, os seus dissabores. Dá imensas pistas para quem quiser situar-se num período alargado da cultura brasileira, e, universal ,quevai do cinema novo, à diplomacia... .

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