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| Azulejo Holandês, sec.XVII |
Funchal
Os Dias Galgos
O tempo era um galgo
animal da pura velocidade
no manto esverdeado
da manhã
esperando
com as suas patas firmes.
O tempo é um galgo
de costas voltadas
para o crepúsculo,
perscrutando a infância
do nome.
O tempo é um galgo
na companhia do branco
gémeo
horizonte da luz
e do medo
que nos galga em segredo.
O tempo é um galgo
animal da pura velocidade
no horizonte da luz
esperando
com as suas patas
firmes.
JORGE AUGUSTO MAXIMINO, in Praça Nova 2, revista literária da Guarda, (2019).
Interessantíssimo.
ResponderEliminarE grande título.
EliminarNão conheço este autor, mas gostei do poema 🙂
ResponderEliminarQual a relação com o azulejo, Laurindo?
Não tem qualquer relação com o poema. Apenas para dar alguma frescura ao enquadramento ou para me deixar a pensar com essa pergunta.. Quanto ao poeta é prof universitário, doutorado pela Sorbonne, e, investigador na área da estética e teoria da cultura.
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